Smells like teen spirit
Num ano em que Brooklyn se tem revelado num dos maiores exportadores de hypes de 2008, graças à emergência de um intenso pólo cultural alternativo ao de Nova Iorque, vale a pena recordar uma outra cidade norte-americana, situada na outra ponta dos EUA, que, apesar de não gozar de tão grande mediatismo, é igualmente berço de duas das mais entusiasmantes bandas do momento: os No Age e os Evangelista. Falo de Los Angeles, CA, pois claro. Mas não só a distância separa Brooklyn de LA. Se na primeira, apesar da diversidade sonora dos projectos musicais, é sempre à pop e seus satélites que vamos parar, já na segunda é a área do noise e do punk que mais se evidencia. E (quase) tudo isto se deve a um clube, a um pequeno e decadente espaço chamado The Smell. Depois de algumas mudanças de local e na direcção, o The Smell, actualmente situado na baixa de LA e dirigido por Jim Smith, é casa e palco de uma geração de músicos jovens dados aos ares do experimentalismo rock. Para além das duas bandas que referi inicialmente, também nomes que deram que falar no ano passado, como os Mika Miko, os Health ou os BARR deram por lá os primeiros passos. Aliás, devido a uma certa rotatividade de artistas - sem desprezar as bandas novas - começa a ser comum utilizar-se a expressão "smell bands" (qualquer dos casos anteriores é um exemplo disso mesmo) para se falar dos "habituais" do local. Fundado em 1998, comemora em 2008 10 anos. Não serve bebidas alcoólicas e todos os seus funcionários trabalham em regime de voluntariado. No entanto, depois do fecho de outras casas míticas de LA (PCH Club, Jabberjaw ou The Masque), a este pequeno espaço devemos vários bons momentos da música americana actual.
Eu por cá vou ouvindo a estreia em discos dos No Age, Nouns, e parece-me que temos aqui álbum para os lugares cimeiros das listas de final de ano. De resto, na capa de Weirdo Ripers, uma compilação dos primeiros EPs dos No Age lançada em 2007, lá está o The Smell em plano de fundo. Curiosidade: o título do álbum e o nome da banda foram, de facto, pintados numa das paredes da casa, com a ajuda de Jim Smith, e ainda lá se encontram, conforme se pode ver no vídeo em baixo.
Eu por cá vou ouvindo a estreia em discos dos No Age, Nouns, e parece-me que temos aqui álbum para os lugares cimeiros das listas de final de ano. De resto, na capa de Weirdo Ripers, uma compilação dos primeiros EPs dos No Age lançada em 2007, lá está o The Smell em plano de fundo. Curiosidade: o título do álbum e o nome da banda foram, de facto, pintados numa das paredes da casa, com a ajuda de Jim Smith, e ainda lá se encontram, conforme se pode ver no vídeo em baixo.
Sem comentários:
Enviar um comentário