quinta-feira, 19 de junho de 2008

Ah rouxinóis!

Sem contar com os Bee Gees, pensem nos falsettos mais amaricados que vos vierem à cabeça. Lembrem-se de Antony, de Kevin Barnes, de Rufus Wainwright, de Gentleman Reg, de Jake Shears ou até, se quiserem, de Mika e outros seres igualmente efeminados. Se só estes nomes lidos em conjunto vos causam alguns arrepios na espinha, então, com uma probabilidade próxima dos 99,9%, os Wild Beasts não são a banda da vossa vida. Paciência, vão ter que esperar. Para os outros, os que até se identificam com os artistas que referi (pronto, retirem lá o último), lamento dizer-vos, mas os Wild Beasts também não são a banda da vossa vida, com probabilidade idêntica. Os Wild Beasts são apenas mais um grupo de jovens amigos - dos quais se destaca Hayden Thorpe, o tal do falsetto afectado - cheios de ambição e muitas referências - juntem Morrisey ao leque (se é que já não o tinham feito logo na primeira frase). Eu cá simpatizo com eles e o álbum de estreia, Limbo, Panto, editado esta semana através da Domino, está neste momento a rodar por cá na aparelhagem. A música que se segue em baixo não está lá incluída, mas é já um dos cartões de visita deste quarteto inglês.
"Assembly", Wild Beasts
7" Single (2007)

2 comentários:

M.A. disse...

Ouvi este tema há já alguns meses e logo aí não gostei. E não foi da voz, porque até aprecio alguns falsettos, principalmente os de Prince e/ou Jim James.
E se me permites a confidência, o Mika até nem me irrita por aí além, já que não passa de música de massas que não aspira a mais que isso.
Já quanto ao Jake Shears, não digo o mesmo... Não consigo entender como há pessoas que conseguem levar aquilo a sério, quando o Elton John, os Bee Gees, ou o George Michael já o tinham feito no passado sem que as opiniões fossem tão favoráveis. Também me parece que o filão SSisters já era. Thank God!

João disse...

Concordo contigo em relação aos SS. Vi-os no ano passado no SBSR e foi um daqueles concertos em que desisti passados poucos minutos. Há ali demasiado plástico, demasiada forma e pouquíssima substância. E essa minha opinião saiu reforçada quando, umas semanas mais tarde, assisti aos soberbos espectáculos dos Of Montreal e do Patrick Wolf no Sudoeste. Esses sim, uns mariconços como deve ser, que vão muito para lá do show off e do aparato e têm música para dar.