"Little Death", Pete & The Pirates
A banda é muito boa, mas comecemos pelo produtor do disco. Chama-se Gareth Parton e, recentemente, tem trabalhado com gente como os Foals, os The Go! Team, os Chow Chow, os Strange Idols, os The Rocks ou os Neil's Children. Ou seja, com algumas das promessas da "nova" pop britânica. Acrescentemos então ao rol um novo nome: os Pete & The Pirates, que lançaram no início do ano o seu primeiro álbum, Little Death, muitíssimo bem produzido pelo dito senhor que, uma vez mais, mostra ter dedo e olho para a coisa. O grupo é composto por cinco jovens de Reading, todos amigos e conhecidos de infância; dois são irmãos, dois chamam-se Pete, mas de piratas, aparentemente, têm pouco. Alguém escreveu por aí que os Pete & The Pirates estão para a britpop como os Pavement estiveram para o grunge. Mas não fui eu que o disse - não quero cá confusões.
Dominado pela inconsequência das guitarras, Little Death é um álbum onde os ecos da garagem ainda se fazem sentir, apesar de um fortíssimo sentido melódico, evidente nos refrões chorudos, na harmonia dos instrumentos, nos riffs que se repetem e se multiplicam, nas vozes em coro, no apelo à dança e à cantarolice. Canções fortes e cheias de cor, com pés e cabeça - mais pés do que cabeça, graças a Deus -, onde o caos ameaça mas nunca chega a acontecer; letras simples e apaixonadas sem recurso a politiquices baratas; e, sobretudo, a vontade de, sem pretensões de maior, soar simultâneamente igual e diferente do resto. É o indie em todo o seu esplendor. 17/20.
Dominado pela inconsequência das guitarras, Little Death é um álbum onde os ecos da garagem ainda se fazem sentir, apesar de um fortíssimo sentido melódico, evidente nos refrões chorudos, na harmonia dos instrumentos, nos riffs que se repetem e se multiplicam, nas vozes em coro, no apelo à dança e à cantarolice. Canções fortes e cheias de cor, com pés e cabeça - mais pés do que cabeça, graças a Deus -, onde o caos ameaça mas nunca chega a acontecer; letras simples e apaixonadas sem recurso a politiquices baratas; e, sobretudo, a vontade de, sem pretensões de maior, soar simultâneamente igual e diferente do resto. É o indie em todo o seu esplendor. 17/20.
Little Death, dos Pete & The Pirates
Edição: 24 de Abril 2008 (Stolen)
Faixas: Ill Love, Come On Feet, She Doesn't Belong To Me, Lost In The Woods, Moving, Knots, Humming, Dry Wings, Mr. Understanding, Bears, Eyes Like Tar, Song For Today, Bright Lights
Website: peteandthepirates.co.uk
Myspace: myspace.com/peteandthepirates
Youtube: Pete & The Pirates
Edição: 24 de Abril 2008 (Stolen)
Faixas: Ill Love, Come On Feet, She Doesn't Belong To Me, Lost In The Woods, Moving, Knots, Humming, Dry Wings, Mr. Understanding, Bears, Eyes Like Tar, Song For Today, Bright Lights
Website: peteandthepirates.co.uk
Myspace: myspace.com/peteandthepirates
Youtube: Pete & The Pirates
1 comentário:
Sem dúvida: uma das estreias do ano! O líder divide o tempo entre os Pirates e o projecto paralelo Tap Tap, igualmente recomendável. Já para não falar das restantes bandas do catálogo da Stolen Recordings, uma das "minhas" grandes descobertas nos últimos anos.
Abraço
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