Regresso inspirado
Como qualquer génio criativo, MOBY momentos iluminados de pura elevação musical e outros que, erm, também não! Depois de ter atingido o seu pico artístico e mediático em 1999 com "Play", álbum determinante da década de 90, o produtor nova-iorquino cedeu a algumas pressões mainstream e, com o virar do século, serviu-nos dois álbuns ("18" e "Hotel") talhados por uma aproximação a géneros próximos da pop, sobretudo numa vertente (pseudo-)indie-rock, que acabaram por se afastar muito da excelência de algumas das melhores canções que o mundo já ouviu (não é preciso ir mais longe do que Honey, Southside ou Natural Blues). Parece, por isso, haver razões para sorrir: a ver pelas amostras do seu novo álbum, "Last Night", que tem lançamento marcado para dia 25 de Março, Moby foi de novo exposto ao vírus da inspiração. O primeiro vídeo promocional do trabalho, para a faixa Alice, e um preview de 8 minutos do álbum, disponível no seu website, são os principais responsáveis pelo facto do produtor nova-iorquino nos deixar ansiosos pelo seu regresso como há muito não acontecia. Moby voltou a convidar vozes alheias para interpretar as suas criações - sobretudo MCs - e o resultado parece ser dance music dinâmica e sofisticada, que vai buscar elementos vitais ao trip-hop, ao dubspet e ao house. No entanto, mais vale não nos alongarmos muito mais nos elogios, porque, às vezes, não podemos dar graxa a estes tipos que depois eles tramam-nos.
Moby - Alice
2 comentários:
n sabes por acaso se os hives vêm ao porto?
Até agora, a notícia só dá conta de Lisboa. Mas não me cheira que passem por cá.
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