domingo, 30 de setembro de 2007

CONCERTOS: Umpletrue no Maus Hábitos

Provavelmente por distracção confesso que desconhecia por completo o trabalho dos Umpletrue até, ontem, ter chegado a contacto directo com esta promissora banda da Marinha Grande na sala de espectáculos dos Maus Hábitos, aqui no Porto. E se, no início do concerto, ignorei as potencialidades daquele pequeno laptot e de algumas outras maquinarias que se encontravam em palco, parecendo-me que a sonoridade se inclinaria para aquele rock de garagem sujo e barulhento, cheio de boa vontade, mas que raramente trás algo de novo, à segunda ou terceira canção apercebi-me do quanto estava enganado. Os Umpletrue, sim, servem-se da guitarra e da bateria para dar alma às suas angústias, mas é na junção destes instrumentos fundamentais com avançados elementos de electrónica que conseguem arrebatar qualquer ser que deles se aproxime. O ambiente algo decadente dos Maus Hábitos, com vista privilegiada sobre a baixa cinzenta do Porto, que, há noite, parece ser habitada pelos seus próprios fantasmas, foi o palco ideal para esta espécie de pop/rock electrónico, urbano e experimental, repleto de formas e texturas e que, apesar de desiludido com o mundo se serve dos seus desencantos para sobreviver. Destaco os temas Night Club Dance e New York, que podem ser ouvidos no myspace da banda. Resta dizer que os Umpletrue foram "descobertos" por Adolfo Lúxuria Canibal no Let's Share Cultures Festival, em Budapeste [ver vídeo em baixo], que os convidou a assinar contracto com a editora dos Mão Morta, a Cobra Discos. No mês passado, depois de dois EPs, lançaram o seu primeiro disco, Fab Fight. Já está encomendado.

Umpletrue - Fab Fight (ao vivo em Budapeste)

sábado, 29 de setembro de 2007

"Challengers", New Pornographers (2007)

São uns tipos simpáticos estes New Pornographers. Oriundos de Vancouver, no Canadá, são um grupo de 8 talentosos amigos, todos com carreiras paralelas de relativo sucesso no mundo da música - incluem, por exemplo, membros dos Immaculate Machine, The Evaporators ou Age Of Electric. Cruzam o puro prazer de tocar os mais variados instrumentos com um impecável e irrepreensível profissionalismo que resulta numa pop leve e bem disposta, que encaixa que nem uma luva naquele género a que todos gostamos de chamar indie. Menos folião do que o antecessor, Twin Cinema (2004), ainda que bem alegre e divertido, este Challengers é um álbum de que facilmente se gosta e que rapidamente nos conquista um sorriso, sendo o mais sóbrio e consistente registo da banda. Harpas, trompetes, pandeiretas e flautas, violas, mas também guitarras, baixos, teclas e percussões e ainda, pontualmente, samplers e sintetizadores desfilam vaidosos, durante cerca de 50 minutos, num dia solarengo e luminoso sem, contudo, provocarem um único engarrafamento ou atropelamento musical. Alternam-se temas festivos e de encher o ouvido, como My Rights Versus Yours, Myriad Harbour (repectivamente 1º e 2º singles) e All The Things That Go To Make Heaven and Earth (o melhor e mais irresistível tema do álbum), com outros mais calmos e menos aparatosos, como All The Old Showstoppers ou a faixa-título Challengers. No entanto, no final de contas, e apesar se tratar de um álbum muito equilibrado, Challengers não passa de um conjunto de 12 belas canções. Por vezes falta-lhe alguma intensidade e em certos momentos toda aquela atmosfera de sonho parece um pouco superficial. Mas ainda bem que assim é - também sabe bem ouvir um álbum simples, fácil e sem grandes complicações. 16/20

Challengers, dos New Pornographers
Edição: 16 de Agosto 2007 (Matador)
Faixas: My Rights Versus Yours, All The Old Showstoppers, Challengers, Myriad Harbour, All The Things That Go To Make Heaven And Earth, Failsafe, Unguided, Entering White Cecilia, Go Places, Mutinity I Promise You, Adventures in Solitude, The Spirit Of Giving.
MySpace: myspace.com/thenewpornographers

domingo, 23 de setembro de 2007

CONCERTOS: Bunnyranch no Plano B

Estrondoso concerto o dos Bunnyranch, ontem à noite, no Plano B, no Porto. Depois de terem sido, de longe, a melhor banda portuguesa a actuar no Festival SuperBock SuperRock, os Bunnyranch voltaram a provar que são das mais potentes e eficazes bandas nacionais a tocar ao vivo - seja num grande recinto ao ar livre ou na minúscula e muito escura Sala Palco do sempre activo e animado Plano B. Apesar do público nem sempre ter correspondido, o grupo de Coimbra brindou-nos, uma vez mais, com aquele puro rock 'n roll, divertido e cheio de vida, que se alimenta directamente da energia emanada pela voz e baquetas desse grande personagem chamado Kaló, mas que encontra a sua grande marca identitária naquele maravilhoso órgão tocado pelo novo teclista João Cardoso. Flip Flop, In The Land Of The Poor e Inside My Head, incluídos neste último álbum Luna Dance, são temas gloriosos e clássicos instantâneos, mas o momento da noite será sempre aquele em que se canta, em repeat, can't stop the ranch, can't stop the ranch...

terça-feira, 18 de setembro de 2007

SINGLES #8: "Our Love Goes Deeper Than This", Duke Special

Our Love Goes Deeper Than This
Duke Special (com Neil Hannon e Romeo Stodart)
Álbum: lançamento isolado (V2)
Edição: 15 de Setembro 2007
Formato: Digital

Não nos deixemos levar pela sua aparência (elas enganam, dizem eles...). Duke Special parece um ser saído de um festival muito negro de música pesada no mais recôndito local do país, mas, na verdade, é um terno sentimental, da mesma escola de um Rufus Wainwright ou um Elliot Smith, incapaz de fazer mal a quem quer que seja. Falei no Rufus e no Elliot, mas poderia muito bem ter referido nomes como os Divine Comedy ou os Magic Numbers. Mesmo a calhar! É que são precisamente os líderes destas duas últimas bandas abençoadas, Neil Hannon e Romeo Stodart, os convidados especiais de Duke no seu mais recente single, editado via iTunes esta semana, Our Love Goes Deeper Than This. Trata-se, assim à primeira vista, de um maravilhoso, divertido e muito bem disposto tema que, olhando mais de perto, esconde, por detrás de tanta alegria, extraordinários pormenores que fazem deste um dos mais esplêndidos singles lançados este ano. Uma autêntica e alucinante viagem ao passado, bem ao estilo daquilo a que se deu o pomposo nome de baroque pop, onde o piano, sempre irrequieto e tocado com as pontas dos dedos bem rijas, partilha o lugar de destaque com uma orquestra de instrumentos sinfónicos a quem cabe manter o ambiente de festa, mas também com as maravilhosas vozes de Duke, Romeo, mas sobretudo do sempre charmoso Neil Hannon. O teledisco promocional do tema é este aqui em baixo e traduz na perfeição o espírito da canção. Ora vejam:

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

DESCOBERTAS NO ESPAÇO: The Mekkits!

Não precisam de tocar para os amigos na garagem, nem de andar a bater às portas das editoras a entregar maquetas. Juntam-se, gravam uns temas num estúdio improvisado, abrem uma conta no myspace, fazem o upload de alguns deles, convidam os amigos para serem "amigos" e... esperam para ver se a coisa se espalha. Pedem ao vizinho para os filmar, fazem um vídeo para a melhor canção, colocam-no no Youtube e... esperam para ver se a coisa se espalha. Depois sentam-se à frente do computador, aguardam que a coisa realmente se espalhe e que uma pequena label independente lhes pisque o olho. São convidados a gravar um single e um vídeo mais sério. Se for um sucesso, dão-lhes carta branca para um EP. O álbum só vem depois, muito depois. É a geração myspace, como lhes chamam. Deram um novo sentido à palavra indie e, por isso mesmo, damos-lhes agora um novo espaço neste blog. Pode ser que saiam deste novo "armário". Pode ser que não. O tempo, mas sobretudo o número de plays, o dirão.

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O espaço deles:
myspace.com/themekkits


Chamam-se The Mekkits!, têm
6153 amigos e 1716 comentários. São 5, vêm de Manchester e foi a novíssima Forecast Records quem os descobriu - têm apenas 2 nomes em catálogo: estes rapazes e um outro projecto chamado Lucy and the Caterpillar. Na discografia, um único single: Holiday Song, lançado em Maio deste ano e que inclui um b-side chamado The Animals Left The Zoo. E parece que a coisa está, efectivamente, a correr bem e a espalhar-se. Já abrem para bandas com nomes sonantes, como os Field Music. Os sites e os blogs também não lhes poupam elogios: Holiday Song é irreconhecível como um single de estreia, algumas bandas com anos e anos de álbuns atrás ainda não produziram um single desta qualidade, diz, por exemplo, alguém no site da High Voltage (uma das mais relevantes promotoras da música indie em Manchester). Concorde-se ou não - e é certo que há algum exagero em certas críticas mais entusiastas - não há dúvida que os The Mekkits! são uma banda a manter debaixo de olho. Sinceros e cheios de talento, têm os Arcade Fire como influência mais forte e evidente e, apesar de ainda não merecerem comparações eufóricas, há que realçar a qualidade e a "limpeza" das canções que apresentam, muitíssimo bem orquestradas, com óptimas riffs de guitarra e uma surpreendente e segura prestação vocal do vocalista, Mark Bristol. Se quisermos encaixá-los nalgum sítio podemos guardá-los, como os próprios assumem, na prateleira do ska (simbiose de jazz, rock, raggae - por aí), apesar de ser bastante notório que ainda não encontraram - se é que estas coisas se encontram assim... - uma marca identitária que os distinga. Algo perfeitamente normal. Não fazemos apostas porque a vida está cara, mas não é mentira se disser que não ficaremos surpreendidos se os The Mekkits! crescerem e revelarem mais vida para além do myspace.

The Mekkits! - Holiday Song

terça-feira, 11 de setembro de 2007

SINGLES #7: "The Count Of Monte Christo", The Noisettes

The Count Of Monte Christo
The Noisettes
Álbum: What's The Time, Mr. Wolf? (Mercury)
Edição: 3 de Setembro 2007
Lados B: Little Destruction, Suspicious Mind (cover), Remixs
Formatos: CD, 7"


Quinto e último single a ser retirado de What's The Time Mr. Wolf?, o primeiro álbum de uma das bandas-revelação destes últimos tempos - os The Noisettes, pois, com certeza. E é uma maneira muito interessante de fechar um ciclo. Depois de se terem apresentado ao mundo com verdadeiros tornados capazes de dizimar uma cidade inteira, temas barulhentos e agressivos, com um rock cheio de vida, onde as guitarras tendiam a perder o auto-controlo (Scratch Your Name será o primeiro nome a vir à memória, mas recorde-se também Sister Rosetta), a banda surge agora com The Count Of Monte Christo que, continuando com as comparações metereológicas, é uma maravilhosa e abençoada tempestade tropical, com ventos menos fortes, ainda que bastante intensa. É que se no início do tema a voz quente de Shingai Shoniwa é acompanhada por uma delicada melodia acústica, a canção ganha, progressivamente, fôlego e aquilo que começa por ser um tema sereno e downtempo transforma-se num complexo, mas belíssimo, emaranhado de vozes e instrumentos que, no entanto, se distanciam muito da postura dos singles anteriores. The Count Of Monte Christo, para além dos remixs do costume, tráz também uma nova canção, Little Destruction, e ainda uma cover de Suspicious Minds, de Elvis Presley. O vídeo, realizado por Paul Gore, é este:

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

"23", Blonde Redhead (2007)

Parece que só agora o mundo despertou para eles. Exagero, é certo, mas não deixa de ser verdade que só ao sétimo álbum os Blonde Redhead conseguíram uma exposição mediática e uma aceitação do público (as vendas e as tabelas comprovam-no) e da crítica (leiam-se as reviews das revistas e sites mais influentes) que os empurraram para a linha da frente dos artistas mais falados e aplaudidos do ano. Reconhecimento tardio, dirão alguns. Fenómeno ligeiramente inflaccionado, pensarão outros. Um álbum extraordinário de uma banda nem sempre regular, diz-se aqui. É que se os Blonde Redhead têm já uma vasta e interessante discografia, também há que dizer que este 23 é, com certeza, o melhor disco deste trio de músicos proveniente de dois pontos distintos do globo - dois de Itália, uma do Japão - que o destino uniu na prolifera e inquietante cidade de Nova Iorque. Ou seja, mesmo tendo em conta o trabalho passado da banda, é compreensível e lógico que tenha sido com este 23 que os Blonde Redhead alcançaram uma maior e mais evidente notoriedade.

Desde 1993 que andavam à descoberta de uma fórmula que exprimisse uma sonoridade composta por ambientes idílicos e atmosferas de sonho, mas que revelasse também um plano um pouco mais obscuro, mais experimental e urbano. Uma mistura mágica do rock sujo e poeirento de uns Sonic Youth com muitas influências orientais e um travezinho saboroso de eurotrash. E não é que a encontraram? A dispersão inicial e um certo caos, talvez propositado, mas característico de uma banda ainda à procura do seu som, deram agora lugar a uma paisagem leve e relaxante, subtilmente inquieta, mais calma e serena, onde a electrónica está cada vez mais em destaque, fazendo lembrar a melhor fase dos Röyksopp e a delicadeza dos Sigur Rós, mas mantendo ainda uma aura mais rockeira cuja principal influência será Steve Shelley - baterista dos Sonic Youth, produtor dos primeiros álbuns da banda, agora ausente, mas ainda muito marcante. Das dez faixas que compõe este 23, destaque evidente para The Dress, provavelmente o tema mais poderoso do álbum, a par da faixa-título 23, onde a voz de Kazu Makino (bem mais segura que a do seu marido, Amadeo Pace, refira-se) se volta a revelar outro dos pontos fortes da banda; a maravilhosa orquestração de SW e Silently e as guitarras mais barulhentas de Spring And By Summer Fall. E se algo mais negativo há a apontar, o indicador deverá dirigir-se para a composição a nível das letras - talvez estas notas de encantar merecessem palavras mais aprumadas . Nada de grave, porém.

Não será, portanto, demais repetir que 23 é o melhor conjunto de canções dos Blonde Redhead, a figurar entre os melhores álbuns do ano. Uma pop electrónica de sonho com um gostinho intenso de rock, belissimamente instrumentado e um colosso para qualquer ouvido. Como nota final, referir que eles vão cá estar, dia 7 de Novembro, a abrir para os Interpol no Coliseu dos Recreios. Uma noite a não perder.
17/20


23, dos Blonde Redhead | 4AD
Edição: 12 de Abril 2007
Faixas: 23, Dr. Strangeluv, The Dress, SW, Spring And By Summer Fall, Silently, Publisher, Heroine, Top Ranking, My Impure Hair
MySpace: myspace.com/blonderedhead

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

FLASHBACK: "Push It", Garbage

Vou ser o mais fraco possível: olhar para aquilo que os Garbage foram e aquilo que são hoje é das coisas que mais mexe comigo. É impressionante como umas das bandas que mais me entusiasmou - a mim e a tantos outros - durante a década de 90, na qual investi tanto tempo e dinheiro, se tornou agora num dos mais enjoativos e desinteressantes grupos da actualidade. Punha as mãos no fogo por eles, garanto. E queimei-me - de que maneira. Depois de dois primeiros álbuns brilhantes e absolutamente fundamentais na cena pop/rock e um terceiro (Beautiful Garbage) que, apesar de não ser uma obra-prima (não me incomoda tanto como a alguns, que vêem aqui o início do fim - o que não deixa de ser um pouco verdade), mostrou um lado diferente da sua sonoridade e até uma nova forma de fazer "lixo", os Garbage brindaram-nos com um dos mais melosos e bacocos álbuns de 2005, Bleed Like Me. Era impossível que não se separassem depois disso. Assim foi - estiveram num longo período de hiato, mas voltaram, discretos, com uma compilação, Absolute Garbage, saída no mês passado. E se a esperança de que iriam assumir frontalmente o grave erro anterior ainda resistia, esta foi enfraquecendo quando escutei o primeiro single saído do álbum, Tell Me Where It Hurts e, posteriormente - nova facada no peito -, a faixa-bónus disponível com o download via iTunes, All The Good In This Life. Até dói ouvir num mesmo disco tamanho abismo entre as faixas iniciais e as que o encerram.

Por isso, para desanuviar, achei por bem recordar um tema que tem já quase 10 anos, mas que continua e continuará sempre a ser uma grande canção - Push It, do segundo álbum, Version 2.0. Poderia ter escolhido tantas outras: Supervixen, Only Happy When It Rains, Vow, Milk, Stupid Girl, Queer, I Think I'm Paranoid, Wicked Ways, When I Grow Up. Tantas, tantas. Optei por esta por ser um tema de uma garra, uma pujança e uma entrega que é muito raro encontrar nos dias de hoje. Também pela letra e pelo extraordinário vídeo, realizado por Andrea Giacobbe. E depois compare-se isto com aquela salada de instrumentos - com tanta polpa de tomate que, não só enjoa, como perde todo o sabor - que a banda nos serviu há dois anos e que, pelos vistos, continua a cozinhar. Este é um tema da altura em que os Garbage ainda eram bons. Muito bons. Da altura em que conseguíam ser uma banda de massas e simultaneamente manter aquela aura alternativa que os tornava numa das bandas mais relevantes e excitantes de então. Ou seja, tudo aquilo que não são hoje.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

SINGLES #6: "Kingdom", Dave Gahan

Kingdom
Dave Gahan
Álbum: Hourglass (Mute)
Edição: 8 de Outubro 2007
Lado B: Tomorrow, Remixs
Formatos: CD, 7", 12", digital

Eles são todos muito amigos, mas a verdade é que Dave Gahan já deixou bem claro que, passados vários anos, se começa a cansar de viver sob a sombra de Martin L. Gore, motor criativo e alma artística dos Depeche Mode. Em 2003, arriscou-se numa carreira em nome próprio, com Paper Monsters - um álbum frouxo, que apesar da evidente e inevitável semelhança ao som dos DM, excluindo um ou outro tema, não conseguiu em momento algum sequer roçar a grandiosidade e a mestria daquela pop inconfundível e intemporal da banda inglesa. Já em 2005, de novo com os companheiros de sempre, Dave exigiu compor alguns temas para o excelente Playing The Angel. E, agora, em 2007, eis que nos chega Hourglass, o segundo registo da sua carreira a solo, que tem edição marcada para 22 de Outubro próximo. O primeiro single, Kingdom, já foi avançado e, apesar de não ser uma coisa do outro mundo e ter um letreiro a dizer "Depeche Mode" em cada nota, é um tema muito agradável, mais forte e imponente do que qualquer outro do trabalho anterior - o que alimenta esperanças de um regresso bem mais consistente do que a estreia. Mais electrónico, mas com a mesma entrega de sempre, Gahan parece mais à vontade com os sintetizadores do que com as guitarras, apesar da escrita ainda não estar totalmente afinada. Ainda assim, gostamos.